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Soja fecha de forma mista em Chicago, novamente
Já o contrato de julho avançou 0,31% ou 3,25 centavos
Publicado em 29/04/2025 07:49
Notícia
Já o contrato de julho avançou 0,31% ou 3,25 centavos - Foto: Nadia Borges

Agrolink - Leonardo Gottems

Segundo análise da TF Agroeconômica nesta segunda-feira (28), os contratos futuros da soja na Bolsa de Chicago (CBOT) encerraram o dia com comportamento misto, refletindo movimentos opostos nas demandas interna e externa. O contrato para maio, referência para a safra brasileira, subiu 0,21% ou 2,25 centavos de dólar por bushel, fechando a US$ 1.052,00. 

 
 

 

Já o contrato de julho avançou 0,31% ou 3,25 centavos, encerrando a US$ 1.062,50. Por outro lado, o farelo de soja recuou 1,03%, cotado a US$ 287,00 por tonelada curta, enquanto o óleo de soja para maio subiu 1,28%, atingindo US$ 49,91 por libra-peso.

O mercado foi sustentado principalmente pela demanda doméstica nos EUA, especialmente pelo óleo de soja. A expectativa de aumento da mistura obrigatória de biodiesel ao diesel vem gerando suporte ao subproduto, puxando também o grão. Essa valorização do óleo está ligada às restrições comerciais entre EUA e China, que vêm dificultando a entrada do óleo de cozinha chinês no mercado norte-americano — produto que concorre diretamente com o óleo de soja no setor de biocombustíveis.

 
 

 

Por outro lado, a pressão baixista veio do cenário externo. O governo chinês reafirmou que não há negociações em curso com os Estados Unidos para a compra de grãos. Zhao Chenxin, vice-diretor da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma, declarou que a China pode substituir facilmente os grãos americanos como soja, milho e sorgo, uma vez que há suprimento suficiente no mercado internacional.

 

A Bloomberg destacou ainda que, entre abril e junho, as exportações combinadas de soja do Brasil, Argentina e Uruguai podem alcançar até 30 milhões de toneladas — um recorde para o período. Essa projeção reforça a capacidade da América do Sul de suprir a demanda chinesa, mesmo sem compras dos EUA, e aumenta a concorrência para os grãos norte-americanos no mercado global. 

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