EUA e China Reduzem Tarifas, Mas Ignoram Encomendas de Pequeno Valor
Acordo EUA-China Alivia Tarifas, Mas Ignora Encomendas de Pequeno Valor
GENEBRA (Reuters) – Um novo acordo entre os Estados Unidos e a China, anunciado nesta segunda-feira, promete aliviar tarifas comerciais, mas deixa de fora um ponto crítico: as encomendas de pequeno valor — conhecidas como *de minimis* — que são fundamentais para o comércio eletrônico.
Desde 2 de maio, os EUA encerraram a isenção de tarifas para pacotes abaixo de US$ 800 oriundos da China e de Hong Kong, impondo tarifas de 120% sobre esses itens.
O envio de produtos com isenção de impostos ajudou a impulsionar a popularidade de varejistas como Temu e Shein, que agora enfrentam incertezas com as novas regras.
"Não há clareza alguma sobre os 'de minimis'", disse Martin Palmer, cofundador da Hurricane Modular Commerce. "A lógica diz que, se você reduz as tarifas para todo o resto, isso deve se refletir também aqui."
Impacto no Mercado
As ações da PDD Holdings, controladora da Temu, subiram 7% após o anúncio do acordo, sinalizando otimismo apesar das lacunas regulatórias. A Shein, por sua vez, ainda não comentou.
O Que Esperar?
Especialistas em comércio alertam que a ausência de uma posição clara sobre *de minimis* cria incerteza para milhares de empresas e consumidores nos Estados Unidos. O tema permanece sensível e pode ser tratado em futuras rodadas de negociação.
